Sem mistérios na adoção
A opinião de psicólogos e especialistas é praticamente unânime: o melhor é falar para os pequenos sobre a adoção o mais cedo possível, da forma mais verdadeira e natural. A psicóloga e presidente do Grupo Aconchego, Soraya Pereira, explica que a criança possui um registro psíquico do que viveu. “O que a gente entende é que ela já sabe. Os pais adotivos só confirmam”, ressalta. O indicado é falar com o bebê desde o primeiro contato e usar o termo adoção no cotidiano, mas sem frisar exaustivamente, apenas quando tiver uma oportunidade. Muitas mães costumam fazer a distinção entre mãe da barriga e mãe do coração. Soraya Pereira explica que não é necessário usar essa metáfora porque ela pode confundir a criança. “O melhor seria dizer que ela é fruto de um desejo de adoção e da busca para ter um filho. Os pais podem dizer para a criança que ela foi gerada do querer, da busca e da vontade deles”, sugere.