SP: Chance de ser mãe solteira na periferia é até 3,5 vezes maior

Veículo: O Estado de S. Paulo - SP
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Há uma enorme diferença entre as mães da periferia e do centro expandido de São Paulo. Em praticamente todos os distritos fronteiriços da cidade, uma em cada três mães é solteira. Nos casos mais extremos, como no Jardim Ângela e Marsilac, as mães sem marido ou companheiro são maioria absoluta. Nesses lugares, a família nuclear tradicional não é a regra, mas a exceção. Apenas 39% das mães em idade fértil do Jardim Ângela, um dos bairros de menor renda da capital paulista, estão casadas. Além das 53% de solteiras, há 5% de separadas e 2% de viúvas. Já nos distritos mais centrais, como Perdizes, sete em cada 10 mulheres estão casadas. Ou seja, a chance de uma mulher ser mãe solteira na periferia é até 3,5 vezes maior do que nas áreas mais ricas de São Paulo. Do mesmo modo, a chance de uma mãe na periferia ter um marido para ajudar a cuidar dos filhos é praticamente a metade.

Situação econômica – A diferença de estado civil das mães tem uma correspondência com a situação econômica. As taxas de maternidade fora do casamento não passam de uma a cada quatro nesse cinturão onde estão os bairros de renda mais alta. É de 16% em Moema e no Jardim Paulista, 18% no Itaim-Bibi, 19% na Vila Mariana, 23% em Pinheiros e 24% na Consolação. Mas nos distritos centrais de renda mais baixa, como República (51%) e o Pari (49%), a prevalência de mães solteiras é igual à dos distritos pobres da periferia.

Temas deste texto: Pais e filhos - População