SP: Escola boa contém gravidez precoce
A cada duas horas e cinquenta minutos nasce em São Paulo uma criança filha de mãe entre 10 e 14 anos, segundo dados da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados de São Paulo (Seade). Se já não estava fora da escola, a menina acaba abandonando os estudos aos primeiros sinais da gravidez. Difícil mesmo é voltar às aulas e ao mesmo cenário da escola de qualidade sofrível que não incentiva o aluno a sonhar, a fazer planos, a construir um projeto para o futuro. "É raro encontrar jovens nas escolas públicas que apostam na educação como possibilidade de projeto de vida", admite Gabriel Medina, coordenador de Juventude da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo. A volta à escola não dispõe de políticas públicas específicas, segundo Maria Helena de Castro, atual secretária executiva da Fundação Seade.