SP: Investigação identifica rede de tráfico de adolescentes comandada do Nordeste

Veículo: Aqui PE - PE
Compartilhe

Nos últimos cinco anos, a cidade de São Paulo (SP) se transformou num centro de tráfico de adolescentes. Reportagem publicada pelo jornal O Globo denunciou o caso de meninos a partir de 14 anos que são aliciados no Ceará, Rio Grande do Norte e no Piauí e submetidos a procedimentos médicos para serem, em seguida, explorados sexualmente em São Paulo e em países da Europa. O primeiro contato com os jovens é feito pela internet; entre os aliciadores existem homens, mulheres e travestis. Ao chegar à cidade, os adolescentes recebem hormônios femininos e prótese de silicone nos seios. O promotor da Infância e Juventude do Ministério Público de São Paulo, Thales de Oliveira, afirmou que investigações feitas pela polícia paulista sobre a rede de tráfico indicam que o comando da quadrilha estaria no Nordeste do País.

Combate – Perguntado se a polícia não deveria agir para impedir a exploração de adolescentes, exigindo documentos e recolhendo essas crianças, o promotor diz que sim, mas que o MP não pode requisitar as operações. "As autoridades sabem onde e como desempenhar as atividades", afirma. O ideal, afirma ele, seria a criação de um grupo multidisciplinar, envolvendo polícia, Justiça, Ministério Público e órgãos de promoção social para combater a rede de exploração de adolescentes. Além disso, é preciso aumentar o intercâmbio de informações com os estados de origem dos garotos. Para o secretário para América Latina e Caribe da International Lesbian and Gay Association, Beto de Jesus, qualquer tipo de violação ou exploração sexual deve ser investigada e combatida.

Temas deste texto: Exploração Sexual