SP: Maternidades fazem gestante escolher entre marido e doula

Veículo: Folha de S. Paulo - SP
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Duas grandes maternidades de São Paulo (SP), Santa Joana e Pro Matre Paulista, decidiram restringir a entrada de doulas, mulheres com experiência em maternidade que dão assistência a grávidas antes, durante e após o parto. A medida vem recebendo críticas de gestantes. A nova norma permite apenas uma pessoa na sala de parto. Assim, grávidas que entraram ontem em contato com os hospitais, que têm a mesma direção, foram informadas de que terão de abrir mão da presença do marido.A mudança teve início na segunda-feira. Segundo o grupo que controla os dois hospitais, a medida "visa manter os menores índices de infecção hospitalar das maternidades, priorizando a saúde da mãe e do bebê".

Cesárea – Para Rosiane Mattar, da Sogesp (Associação de Ginecologia e Obstetrícia de São Paulo), não há consenso sobre as doulas. A aceitação depende de como cada médico trabalha.Em seu caso, as experiências foram positivas, principalmente na ajuda à respiração da parturiente. "Em termos médicos, não aumenta o risco de infecção, não atrapalha em nada", diz. Mariana de Mesquita, da Adosp (Associação de Doulas de São Paulo), afirma que o motivo da restrição é que os hospitais querem a cesárea, já que, com a atuação da doula, há maior chance de o parto ser normal."Querem restringir uma profissional que orienta a mulher e melhora o atendimento", diz.

Temas deste texto: Responsabilidade Social - Saúde