SP: Professores fazem greve na USP Leste contra terreno contaminado

Veículo: Folha de S. Paulo - SP
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Os professores da USP Leste decretaram greve ontem (10) alegando preocupação com os riscos de trabalharem em uma área contaminada. O estopim da crise foi uma placa, com símbolo da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental Cetesb, instalada nesta semana dentro do campus da universidade paulista aberto em 2005. A informação contida nela é que a "área está interditada por conter contaminantes com risco à saúde". A Cetesb nega que tenha instalado a placa, mas confirma a ameaça e afirma que autuou a USP Leste no dia 2 de agosto por não cumprir exigências ambientais feitas em novembro. A direção da USP Leste nega que esteja descumprindo o acordo. A greve afeta cerca de 4,8 mil alunos de dez cursos, entre eles o de Gestão Ambiental. As aulas foram suspensas ontem e não devem voltar ao menos até a próxima segunda-feira. Os prédios da USP Leste foram erguidos sobre uma área que contém lixo orgânico removido do rio Tietê. Com o passar do tempo, o material começa a emitir gás metano, sem cheiro, que é tóxico e pode causar explosões.