Trabalho infantil ainda persiste
Um estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) sobre a trajetória do trabalho das crianças e adolescentes de 5 a 17 anos no Pará aponta que mais de 10% prestam algum tipo de serviço. Segundo o Dieese, nos últimos anos, o trabalho de crianças e adolescentes tem diminuído no estado, mas um dos fatores que contribui para que ele exista é a baixa remuneração das famílias e a falta de melhores empregos e oportunidades para os pais das crianças e adolescentes. O Dieese utilizou como base para o estudo dados do Departamento e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a pesquisa, em todo o País a população de residentes entre 5 e 17 anos é superior a 42 milhões de crianças e adolescentes; desses, 8% estão trabalhando. Na região Norte, do total da população residente de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos, mais de quatro milhões de pessoas (cerca de 9,65%) estão trabalhando, sendo 4,95% de 5 a 9 anos, 35,39% de 10 a 14 anos e 59,66% de 15 a 17 anos. Em toda a região Norte, somente as crianças e adolesdentes com idade entre 5 a 14 anos ocupadas totalizam 173.685, o que corresponde a mais de 19% do total da mesma faixa etária que estão ocupadas em todo o Brasil. A segunda maior concentração da região Norte está no Amazonas, com 19,93%; em seguida Rondônia, com 11,17%.