Tráfico de drogas lidera infrações de crianças e adolescentes em Belo Horizonte, diz relatório da Justiça

Veículo: Globo.com - BR
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Tráfico de drogas lidera infrações de crianças e adolescentes
Foto: Glauco Araújo/g1

Tráfico de drogas lidera infrações: cocumento também mostra que a maior parte dos atos infracionais cometidos por adolescentes teve redução nos últimos anos e representa um percentual mínimo dos crimes na capital

O tráfico de drogas liderou as infrações de crianças e adolescentes na capital mineira em 2022, segundo o Relatório Estatístico do Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA-BH). O documento analisa as ilegalidades cometidas por menores de idade no município.

Tráfico, furto e posse de drogas para uso pessoal representam 53% dos atos infracionais registrados no ano passado.

Redução

O documento também mostra que a maior parte das infrações cometidas por adolescentes teve redução nos últimos anos e representa um percentual mínimo dos crimes na capital. Ao comparar com 2021, o total de ocorrências envolvendo menores caiu 19,62% em 2022.

No ano passado, o CIA registrou 12 atos infracionais de homicídio, o mesmo número de 2021. Por outro lado, somente no primeiro semestre de 2022, foram registrados 176 homicídios cometidos por adultos em BH.

Os furtos somaram 204 registros no CIA, apresentando queda de 25% em relação a 2021, diante de um total de mais de 66 mil ocorrências desse tipo por adultos, segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp-MG).

Perfil dos infratores e mortes

O relatório de 2022 indica ainda que mais de 90% das crianças e adolescentes atendidos pelo CIA tinham o seguinte perfil:

  1. Estudam em escola pública;
  2. São do sexo masculino;
  3. Têm idade preponderante de 16 e 17 anos.

De acordo com o documento, as regiões Nordeste, Noroeste e Leste da capital concentraram os maiores índices de residência dos menores encaminhados ao serviço por mandados de busca e apreensão.

O cruzamento de dados em relação a 2021 também revelou que, de 152 adolescentes e jovens vítimas de morte por causas violentas na Grande BH, 79 (51%) tiveram passagem pelo CIA-BH em algum momento da vida.

Entre os menores que passaram pelo centro, houve um crescimento do número de óbitos a partir dos 16 anos, sendo que a maior parte dos casos envolveu vítimas de 19 anos.

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