Turquia estimula maternidade e mulheres perdem emprego

Veículo: Revista Brasil Econômico - BR
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Handan Yorulmaz impôs uma nova regra na sua companhia fabricante de plástico em Ancara, capital da Turquia: ela contratará mulheres somente se tiverem filhos de mais de dez anos de idade ou nenhum filho. "Não posso me arriscar a perder tempo e dinheiro", disse ele que emprega dez mulheres e seis homens na Arti Plastik Ambalaj, em Ancara. Regular as mães na folha de pagamento é sua resposta à campanha do primeiro-ministro Recep Taipi Erdogan para que as mulheres tenham pelo menos três filhos a, de preferência, cinco – e a seus esforços para impulsionar leis que encorajem as pessoas a se casarem mais cedo e procriarem. Ele está apoiando medidas para perdoar os empréstimos estudantis dos recém-casados e oferecer-lhes créditos com juros baixos, bem como permitir às mães com três filhos se aposentarem mais cedo com isenções impositivas para suas famílias. Erdogan expressa sua cruzada por mais bebês como um movimento econômico para garantir o crescimento criando uma população maior e mais jovem. Os donos de empresas e economistas estimam que a iniciativa terá o efeito contrário, pois manterá as mães fora do mercado de trabalho.