Uso de rede social preocupa delegacia contra pedofilia

Veículo: O Globo - RJ
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Responsáveis pelo primeiro cadastro de pedófilos do País, os policiais da delegacia paulista que investiga esse tipo de crime estão preocupados com a atuação de aliciadores de adolescentes nas redes sociais. Esses casos, em geral, seguem um padrão, que inclui a utilização de perfis falsos no Facebook. Em algumas situações, familiares descobrem na internet fotos de nudez postadas pela criança ou adolescente. “Os pais precisam dizer aos seus filhos que, do mesmo modo que não podem conversar com um estranho na rua, também não devem falar com um estranho na internet”, afirma a delegada-assistente Ana Paula Rodrigues, da Delegacia de Repressão à Pedofilia da Polícia Civil de São Paulo. Segundo a delegada, 60% dos abusadores são amigos, vizinhos e conhecidos da família da vítima. E 40% são parentes. A maioria dos acusados (40%) tem entre 18 e 40 anos. Já 35% têm até 17 anos. Os maiores de 40 anos representam 25%. Entre as vítimas, 80% são do sexo feminino. As crianças mais novas são as principais vítimas. O levantamento da delegacia indica que 60% possuem entre sete e 13 anos, e 35% têm menos de sete anos.