Vacina em desuso pode erradicar a poliomielite
Erradicada na maioria dos países, a poliomielite deixou o mundo em alerta em maio, quando surgiram novos casos no Afeganistão, no Iraque e em Guiné Equatorial. Agora, um estudo do Imperial College London e do Christian Medical College da Índia sugere que uma vacina contra a doença aposentada ainda na década de 1960 pode, definitivamente, afastar o risco de contaminação. De acordo com os pesquisadores, a forma injetável fornece uma proteção melhor e mais duradoura se usada em combinação com a vacina amplamente aplicada hoje, que é oral. O artigo foi publicado na edição da últimasexta-feira (11) da revista The Lancet e explica que, embora a vacinação proteja contra a poliomielite, um indivíduo ainda pode ser infectado pelo vírus, que se replica no intestino, abrindo a possibilidade de ser passado para outras pessoas pelo contato com fezes infectadas. A maior parte das campanhas de vacinação – incluindo a brasileira – usa doses múltiplas da vacina oral, o que fornece imunidade nos intestinos, mas, ao longo do tempo, essa proteção decai.