Violência contra índios cresce no Brasil

Veículo: Correio Braziliense - DF
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O assassinato de Adenílson Kirixi Munduruku, em novembro de 2012, durante a Operação Eldorado, da Polícia Federal, foi uma das 60 mortes de índios registradas no ano passado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi). O caso dele é um dos que compõem o relatório Violência contra os povos indígenas no Brasil, lançado ontem (27) pelo Cimi, em Brasília. Além dos assassinatos, que cresceram 17% com relação a 2011, o documento denuncia o alarmante aumento de 237% na violência contra os indivíduos — que reúne tentativas de homicídio, ameaças de morte ou atos de racismo e de violência sexual contra índios. Em 2012, foram 1.276 episódios, número bem maior que os 378 registrados em 2011. A população indígena afetada pela falta de assistência médica e de educação escolar saltou de 62 mil para 106 mil, um crescimento de 72% nesse tipo de violência classificada pelo conselho como omissão do poder público. “Nossa avaliação é que há uma violência institucional contra os povos indígenas, que se dá por meio de diferentes instrumentos”, analisa Cleber Buzatto, secretário executivo do Cimi.