Infância e Adolescência
Tenho motivos à exaustão para fazer do ofício jornalístico um instrumento de mudanças, uma forma de intervir na realidade naquilo que ela apresenta de mais injusto – a começar pela minha própria história. Sofri na infância uma violência inominável para mim à época, e inconcebível quando, já adulto, compreendi o seu alcance.
Tenho três filhos, razões primeiras para lutar por um mundo melhor, para tentar evitar que sofram semelhante violência. Mas foi antes mesmo do nascimento do primeiro deles que passei a devotar esforços à causa da infância, porque não queria ver contra os filhos dos outros as injustiças que poderiam se voltar contra os filhos que eu ainda viria a ter.
A ANDI potencializou em mim esse compromisso de tal maneira que hoje não me vejo capaz de abandonar a cobertura de temas relacionados à infância. Sentiria como se estivesse traindo uns tantos meninos iguais àquele que fui um dia. E sou entre meus pares uma referência no assunto, motivo de tremendo orgulho. Antes de ser um jornalista, sou um Jornalista Amigo da Criança.
Impossível não ser grato à ANDI.
Mauri Konig23 de novembro de 2024