A publicidade como estratégia de financiamento dos programas policialescos

(2019)

Realização:

ANDI; ALANA e INTERVOZES

Baixar PDF

(978,55 KB)

Em maio de 2016 a ANDI Comunicação e Direitos lançou o volume III do Guia de Monitoramento: Violações de direitos na mídia brasileira. O trabalho é fruto de uma ampla articulação com a sociedade civil e com instituições do Estado. Iniciada em 2013, seu objetivo é promover o debate em torno das práticas antidemocráticas e anti-humanistas dos programas ditos “policialescos”.

O Guia apresenta os resultados de uma análise de mídia que incidiu sobre 28 programas com viés policial, produzidos em 10 capitais brasileiras. Ao longo de 30 dias de monitoramento foram registradas 4.500 violações de direitos, 15.761 casos de infração a leis brasileiras e multilaterais e 1.962 ocorrências de desrespeito a normas autorregulatórias.

Inúmeras questões foram suscitadas a partir do quadro de desrespeito aos marcos legais revelado pela pesquisa. Muitas delas se remetem à perspectiva econômico-financeira e às estratégias que garantem a sustentabilidade desses programas.

Diante do número alarmante de violações, do distanciamento deste tipo de noticiário dos princípios éticos que regulam a atividade jornalística e da proliferação desse modelo no campo da comunicação de massa, a ANDI e o Instituto Alana reuniram esforços para promover uma investigação sobre o modo de financiamento dos programas policialescos.

Ciente da complexidade desse tema, a pesquisa se limitou a identificação dos anunciantes que geram receitas para os programas por meio de cotas de patrocínio, de espaços publicitários adquiridos nos intervalos comerciais e durante o programa.

Este documento apresenta os resultados deste levantamento, realizado dentro dos critérios metodológicos descritos a seguir. Confira!