Imprensa, Infância e Desenvolvimento Humano

(2006)

Realização:

ANDI e Instituto Ayrton Senna

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No contexto da complexa agenda social brasileira de hoje, com um grande número de questões disputando espaço tanto na arena do debate público quanto nos cronogramas das políticas estratégicas, a área da infância e da adolescência tende a ocupar posição privilegiada.

Esta afirmação justifica-se, em primeiro lugar, pela presença de lideranças profundamente comprometidas com a causa que defendem. Tal postura veio a refletir-se não apenas na elaboração e na luta pela aprovação, em 1990, de um documento do porte do Estatuto da Criança e do Adolescente, como também propiciou que passos significativos fossem dados no sentido de, ao longo dos últimos anos, aproximar da realidade diversos dos direitos estabelecidos no documento.

Mas há uma segunda característica, facilmente identificável no cenário nacional, que contribui para a sustentação do conceito expresso em nosso parágrafo inicial: a crescente atenção dedicada pelos meios de comunicação aos principais temas relacionados às novas gerações. Uma atenção, vale destacar, que vem sendo traduzida não apenas em termos de espaço, mas também por um processo de constante qualificação do material veiculado.

O presente relatório tem como objetivo documentar esta evolução do comportamento da imprensa brasileira. Por meio de extenso levantamento histórico e dados quantitativos, são apresentados nas próximas páginas os parâmetros metodológicos que, desde 1996, vêm norteando o monitoramento e a análise da produção editorial de 10 revistas e de 50 dos mais importantes jornais do País diante da pauta da infância e da adolescência.

O progresso quantitativo e qualitativo desta cobertura jornalística pode ser considerado, sem dúvida, uma vitória da aliança social estratégica que a Agência de Notícias dos Direitos da Infância (ANDI) e o Instituto Ayrton Senna selaram por sete anos. As ações compartilhadas por essas duas instituições – parceiras na luta pelos direitos das novas gerações no campo das políticas públicas, da mobilização da sociedade e da mídia – também são focalizadas neste documento. Lançado em 1997 pelo Instituto Ayrton Senna, o Grande Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo é uma das marcas deste trabalho, ao deflagrar nas redações um processo de estímulo e reconhecimento à produção de matérias que ampliam a reflexão sobre a realidade infanto-juvenil.

Os resultados exibidos neste relatório são expressivos. Temos o retrato de um jornalismo que amadurece rumo a uma maior responsabilidade social e torna-se aliado importante na construção de uma realidade em que crianças e adolescentes poderão, enfim, crescer com a perspectiva de pleno desenvolvimento humano.

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