Políticas Públicas Sociais e os Desafios para o Jornalismo
(2008)
Realização:
ANDI, com co-edição da Cortez Editora. Apoio da Fundação W.K.Kellogg e Fórum Nacional dos Professores de Jornalismo
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Este 2008 apresenta algumas boas razões de comemoração para a ANDI (Agência de Notícias dos Direitos da Infância). Celebramos 15 anos de atividades, coincidentemente no mesmo momento em que a Declaração Universal dos Direitos Humanos chega a seu 60º aniversário, a Constituição Federal completa duas décadas e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) entra na maioridade.
Ao longo de sua existência, a ANDI tem buscado cooperar com os mais diversos atores públicos e privados para que os ideais de humanidade e civilização, expressos de forma inequívoca nesses documentos, sejam incorporados concretamente na realidade cotidiana de cada brasileira ou brasileiro.
Acreditamos que o jornalismo, enquanto instituição central das democracias, possui uma responsabilidade diferenciada nos esforços para a proteção, promoção e garantia dos direitos humanos – e, logo, é peça-chave no complexo quebra-cabeças que vincula distintos caminhos rumo a patamares mais consistentes de desenvolvimento humano, inclusivo e sustentável.
Este triângulo – democracia, desenvolvimento e direitos humanos – só tem a fortalecer-se com a prática disseminada de um jornalismo de qualidade, aquele que atua como pólo irradiador de informações contextualizadas para todos os cidadãos e cidadãs, que colabora para um debate público plural em torno das questões prioritárias para a sociedade e que se posiciona de forma destacada no sistema de freios-e-contrapesos responsável por fiscalizar a implementação das políticas públicas.
Certamente, desempenhar este papel em todo o seu potencial não é tarefa simples. Demanda uma preocupação cotidiana com o aprimoramento do fazer jornalístico e com a sintonia fina diante das agendas que movem as sociedades contemporâneas. A produção da notícia que pode contribuir para mudar o rumo da história é, ademais, fruto de um esforço coletivo que envolve não só os próprios jornalistas e as empresas de comunicação, mas também os centros de formação dos profissionais da área, as fontes de informação, as entidades de observação de mídia, os órgãos reguladores e os leitores/ouvintes/
telespectadores.
Neste sentido, é com muita satisfação – e igual expectativa – que a ANDI coloca o presente volume à disposição da ampla comunidade que se relaciona direta ou indiretamente ao jornalismo. Especialistas de diferentes áreas e afiliações institucionais, jornalistas, comunicólogos e professores de jornalismo foram convidados para, ao longo de 25 artigos, encarar uma missão que consideramos da maior relevância: elencar, de maneira objetiva e pragmática, reflexões e informações capazes de subsidiar avanços na cobertura da imprensa sobre políticas públicas sociais, direitos humanos e desenvolvimento humano. A nosso ver, superaram o desafio com maestria.
Por isto, expressamos nossos mais sinceros agradecimentos a cada uma das autoras e autores. Somos especialmente gratos à Fundação W.K. Kellogg (parceiro de primeira hora do Programa InFormação, por meio do qual a ANDI vêm cooperando com o ensino superior de jornalismo), ao FNPJ (Fórum Nacional de Professores de Jornalismo), aos Conselheiros e Conselheiras do InFormação e a toda a equipe diretamente envolvida na concretização desta obra e no conjunto de ações nas quais ela se insere.
Esperamos que as páginas seguintes venham a constituir ferramenta útil para o exercício de um jornalismo que, de forma crescente, ofereça aportes ao processo de consolidação de uma sociedade mais justa, igualitária e democrática.
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