Países que oferecem empregos decentes a seus trabalhadores crescem mais, afirma OIT

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Os países em desenvolvimento que investiram em empregos de qualidade desde o início da década de 2000 cresceram quase um ponto percentual mais rápido anualmente, desde 2007, e foram capazes de enfrentar a crise econômica de forma mais eficaz do que economias comparáveis​​, afirma um novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), lançado nesta terça-feira (27).

O relatório anual — intitulado O Mundo do Trabalho 2014 – foca, nesta edição, na relação entre bons empregos e desenvolvimento nacional através da análise de 140 nações em desenvolvimento e países emergentes.

“Oportunidades de trabalho decente para mulheres e homens ajudam o desenvolvimento e reduzem a pobreza”, afirmou, no lançamento, o diretor-geral da OIT, Guy Ryder. “O desenvolvimento não acontece sozinho, através de coisas como exportações, comércio livre e investimento estrangeiro direto”.

“A proteção social, respeito pelas normas fundamentais do trabalho e políticas que promovam o emprego formal também são cruciais para a criação de empregos de qualidade que elevem os padrões de vida, aumentem o consumo doméstico e impulsionem o crescimento global”, acrescentou.

Brasil: Crescimento com redução da desigualdade

O documento aponta que uma das principais conquistas do Brasil na última década foi ter alcançado níveis relativamente altos de crescimento e de redução da pobreza, puxados pela demanda doméstica.

Ao mesmo tempo, diz o relatório, o país conseguiu reduzir a desigualdade, manter a estabilidade macroeconômica e reduzir a vulnerabilidade externa, criando assim as condições para o um crescimento e um desenvolvimento mais sustentáveis.

Uma menor volatilidade no crescimento brasileiro, apesar dos problemas no ambiente global, sugerem que o país “pode estar em um caminho de crescimento liderado pelo consumo sustentável”, diz a OIT no documento.

Estes e outros dados sobre o Brasil — apresentado como exemplo para outros países — estão disponíveis na publicação, que pode ser acessada clicando aqui.

Fonte: ONU Brasil