Mensagens publicitárias recebem sanção por serem consideradas sexistas

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Após votação realizada pelo Observatório de Comunicação da Fundação Gamma, do Equador, a publicidade televisiva “Corimexo: 100% cuero”, da empresa boliviana Corimexo, foi considerada a mais sexista por 6.500 pessoas da Bolívia, Peru e Equador. A mensagem da produtora boliviana Miguel Chávez & Associados recebeu o nível mais alto da sanção criada pela Gamma, a categoria “Ultraje”, para denominar publicidades que perpetuam o machismo e a violência contra a mulher.

Ainda de acordo com o pleito, a mensagem televisiva “De Bolivia lo Mejor”, da empresa American Chemical, recebeu o segundo nível de sanção caracterizada por “Infâme”. O terceiro lugar na escala das propagandas mais machistas, que recebeu a sanção “Vergonha”, ficou com a publicidade "Es más cheveré y muy bien hecha”, da empresa Daytona, veículada em meios impressos do Equador.

Segundo um comunicado da Gamma, as sanções foram criadas como um alerta, e não possuem um valor legal. A escolha se deu através de um chamado à população, que escolheu as mensagens mais machistas, mas também as que rompiam com a discriminação contra a mulher. Com as respostas, foi possível organizar uma amostra com sete publicidades que foram expostas a estudantes, comunicadores e pessoas em geral dos três países que participaram das votações. O resultado final, com o estabelecimento das sanções, foi divulgado no último dia 17 de julho, na cidade equatoriana de Cuenca.

Na Bolívia, a Lei Integral para Garantir às Mulheres uma Vida Livre de Violência inclui a regulação de conteúdos sexistas nos meios de comunicação. A Defensoria do Povo boliviano vem recebendo denúncias acerca de propagandas machistas nos meios de comunicação, mas não podem punir os responsáveis, pois não há um regramento específico para estes casos, ainda que haja previsão em Lei.

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