Contracepção na adolescência é tema de nova publicação da Organização Pan-Americana da Saúde

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Em publicação lançada no início de outubro (4) no Brasil, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) apresenta um panorama das opções de contracepção mais eficazes na adolescência e conclui que jovens devem ser informados sobre todos os métodos disponíveis. O volume é o mais novo fascículo da série “Uso Racional de Medicamentos: fundamentação em condutas terapêuticas e nos macroprocessos da Assistência Farmacêutica”.

Escrito pela médica e docente da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Jaqueline Neves Lubianca, o artigo aponta que muitas gestações indesejadas são fruto do uso incorreto ou inconsistente de métodos contraceptivos e não, de falhas desses insumos de prevenção.

A pesquisa assinala que adolescentes meninas devem ser apresentadas a todos os métodos de contracepção disponíveis. Informações devem ser disponibilizadas com explicações sobre os benefícios e riscos de cada um, além de orientações sobre a forma correta de utilização, destaca a pesquisadora

O uso do preservativo também deve ser enfatizado para proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e também como modo de corrigir eventuais falhas do método em uso.

Segundo Lubianca, para evitar que a utilização inadequada de contracepção leva a uma gravidez indesejada, “a abordagem lógica é empregar métodos contraceptivos reversíveis com pequena diferença entre eficácia (índice de Pearl) e efetividade, cujo resultado dependa menos da usuária”.

Implantes subdérmicos e dispositivos intrauterinos (DIU), chamados de métodos contraceptivos reversíveis de longa duração, são alguns dos exemplos propostos. No caso da prescrição de anticoncepcionais orais combinados (AOC), é necessário ter cuidado com a dose de estrógeno — que pode ter efeitos sobre densidade mineral óssea na adolescência — e com o tipo de progestágeno, a fim de evitar casos de trombose venosa profunda.

Acesse o artigo na íntegra aqui.

Fonte: ONU Brasil