ANDI 30 anos: relembre 30 ações que marcaram a trajetória da nossa organização nas últimas três décadas

ANDI 30 anos: relembre 30 ações que marcaram a trajetória da nossa organização nas últimas três décadas

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No último dia 18 de maio, a ANDI – Comunicação e Direitos completou 30 anos de existência e referência em trabalhos na área da comunicação pelos direitos da infância e da adolescência. Desde 1990, já foi responsável por executar cerca de 300 projetos, por meio de mais de 160 parcerias firmadas, além de receber 28 honrarias diversas entre prêmios, homenagens, condecorações, títulos e menções honrosas durante sua trajetória.

Nesses 30 anos, a ANDI editou mais de 120 publicações dentre análises de mídia, guias e manuais, além de edições especiais e institucionais. São insumos destinados a uma cobertura jornalística qualificada sobre temas socialmente relevantes, como exploração sexual de crianças e adolescentes, trabalho infantil, educação, drogas, gênero, racismo, pessoas com deficiência, violência, primeira infância e adolescentes em conflito com a lei.

Para comemorar, confira abaixo 30 ações realizadas pela ANDI em prol dos direitos fundamentais das crianças e dos adolescentes no Brasil e na América Latina.

  1. ECA e Atuação Voluntária da ANDI – 1990

A ANDI é fruto do processo de retomada da democracia, pela sociedade civil brasileira e nasce de forma voluntária junto com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no ano de 1990, onde crianças e adolescentes são reconhecidos como sujeitos de direitos e contam com a proteção integral e a prioridade absoluta, deixando para trás a doutrina da situação irregular.

Nascida do ímpeto humanista de dois jornalistas – Âmbar de Barros e Gilberto Dimenstein, a ANDI começou pautando a grande mídia sobre temas ligados aos direitos de meninos e meninas, em especial naquele momento, ao grande movimento de articulação política pela aprovação do ECA. Além do trabalho de proposição de pautas, passou a acompanhar o noticiário sobre os grupamentos em foco. O aumento exponencial da quantidade e da qualidade de reportagens sobre o universo infantojuvenil foi um dos primeiros impactos do trabalho voluntário da dupla. Foram três anos de ativismo altruísta, bancados financeiramente pelo casal empreendedor. Uma necessidade social que não poderia permanecer na dependência apenas da consciência cidadã de dois jornalistas.

  1. Criação da Agência ANDI – 1993

O trabalho voluntário de Âmbar e Dimenstein deu origem à Agência de Notícias dos Direitos da Infância (ANDI) em 1993. Na época, o Unicef apoiou a iniciativa com um aporte financeiro significativo que permitiu a estruturação e formalização da ANDI, e pôde contratar uma equipe maior além de um serviço de clipagem. O primeiro conselho foi então composto, abarcando nomes como Antônio Carlos Gomes da Costa, uma referência na área de direito infantojuvenil (falecido em 2011); Cesare de La Rocca, fundador do Projeto Axé e outra grande referência; Benedito dos Santos e Mário Volpi, que eram do MNMMR – além do casal de jornalistas.

Dois anos depois de formalizada, a ANDI é submetida ao primeiro processo sucessório. O jornalista Geraldinho Vieira, o Bhaskar, foi convidado para dirigir a organização. Geraldinho não só deu continuidade ao trabalho, como ampliou e consolidou o papel da organização.

Resumidamente, a ANDI desenvolve, a partir de então, uma larga gama de atividades voltadas a jornalistas, fontes noticiosas, estudantes e professores de jornalismo, na perspectiva de contribuir para o desenvolvimento da mídia e, por conseguinte, da sociedade brasileira, convertendo-se, ao longo das três últimas décadas, num dos principais mediadores entre a imprensa e os grupos que defendem os direitos de grupamentos vulneráveis da população.

  1. Jornalista Amigo da Criança – 1997

O projeto Jornalista Amigo da Criança (JAC) foi criado em 1997, para reconhecer e valorizar a atuação de jornalistas que realizam uma cobertura noticiosa de qualidade sobre assuntos relacionados aos direitos de crianças e adolescentes, estabelecendo, ao longo de sua história, uma rede qualificada e referencial de profissionais.

Em 26 anos de iniciativa, a titulação certificou 398 profissionais de imprensa, formando uma rede cidadã impactante de comunicadores comprometidos com a causa da infância e da adolescência.

  1. Rede ANDI Brasil – 2000

Reconhecida em 1998 como de Utilidade Pública Federal, a ANDI continua a expandir seu raio de influência. A credibilidade conquistada e o sucesso de suas ações possibilitaram à organização fomentar e liderar a constituição da Rede ANDI Brasil – Comunicação pelos Direitos da Infância, nascida no ano 2000 que replicava a metodologia andina em outras capitais brasileiras, por meio da articulação com organizações locais. Inspirando, apoiando a criação e/ou agregando organizações posicionadas na interface infância e comunicação, a ANDI fincou pé em 11 capitais brasileiras.

Mais de 40 jornais diários, locais e regionais, passam a ser monitorados por organizações da Rede ANDI Brasil.

  1. Projeto Responsabilidade Social Empresarial – 2000 e 2006

A partir do tema Responsabilidade Social Empresarial (RSE), que engloba diferentes práticas, conceitos e está relacionado à economia, direitos e desenvolvimento, a ANDI realizou três ações entre os anos 2000 e 2006. Primeiramente lançou a publicação “Investimento social na idade mídia”, em um segundo momento trouxe uma inédita análise quanti-qualitativa de como os veículos de comunicação de mídia impressa entendem e pautam o conceito de Responsabilidade Social Empresarial e, fechando com chave de ouro executou o projeto “Mídia e Responsabilidade Social Empresarial em Ibero América”, na qual capacitou organizações da sociedade civil de 7 países iberoamericanos (Argentina, Espanha, Bolívia, Paraguai, Peru, Equador, Chile). Saiba mais

  1. Projeto Tim Lopes

O Concurso Tim Lopes de Jornalismo Investigativo tem como objetivo chamar a atenção da sociedade para o grave fenômeno da exploração e do abuso sexual de crianças e jovens. Com o propósito de sensibilizar e estimular jornalistas, o Tim Lopes oferece condições técnicas, teóricas e financeiras para que os profissionais do jornalismo possam desenvolver suas histórias.

Sua primeira edição aconteceu em 2002 e selou a parceria entre ANDI – Comunicação e Direitos e Childhood Brasil e agregou o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Seguiram-se novas edições em 2004, 2006, 2008, 2010, 2012 e 2014. Leia mais aqui

  1. Rede ANDI América Latina – 2003

O êxito da Rede ANDI Brasil motivou uma articulação de alcance geográfico ainda maior. Sob a coordenação da ANDI, surge, em 2003, a Rede ANDI América Latina, inicialmente formada por organizações da sociedade civil de nove países da região. Todas unidas por um propósito: qualificar a abordagem jornalística de assuntos relacionados aos direitos de crianças e adolescentes.

A modelagem era a mesma da Rede ANDI Brasil: compartilhamento de um pacote comum de ações entre as organizações-membros, e que envolvia, entre outras atividades, produções rotineiras, como elaboração e distribuição de sugestões de pauta para jornalistas, confecção periódica de clipping e construção e disseminação de análises de mídia sobre diferentes problemáticas sociais.

Um ano depois de sua criação, a Rede ANDI América Latina foi escolhida como um dos três projetos de desenvolvimento mais inovadores do mundo, em prêmio oferecido pelo The Global Development Network, por iniciativa do Banco Mundial e do governo do Japão.

  1. Projeto Mídia e Drogas – 2003 e 2004

Em 2003 e 2004, a ANDI realizou duas ações nesta área: o Seminário Mídia e Drogas e lançou a publicação “Mídia e Drogas – o perfil do uso e do usuário na imprensa brasileira”.

No Seminário, mais de 100 jornalistas, especialistas, usuários de drogas, representantes de ONGs e entidades que trabalham com o tema estiveram reunidos durante dois dias para elaborar conjuntamente recomendações para o aprimoramento da cobertura voltadas tanto para profissionais de comunicação quanto para especialistas.

A publicação lançada traz uma ampla discussão sobre políticas públicas para a área e sobre o perfil do uso de drogas no país e no mundo, além de trazer um histórico do fenômeno e detalhar a análise da cobertura sobre o tema realizada por jornais de todo o país e por suplementos voltados para o público jovem.

  1.  Projeto Políticas Públicas de Comunicação – 2003 a 2008

Como a mídia, que é um dos guardiões da democracia, guarda a si mesma? Com base nessa pergunta a ANDI realizou uma análise da cobertura jornalística sobre as Políticas Públicas de Comunicação, em especial das questões relacionadas à infraestrutura de operação dos meios de comunicação (regulação, concessões e propriedade) e à regulação dos conteúdos.

A análise teve duas etapas, a primeira edição aconteceu de 2003 a 2005 e a segunda edição nos anos de 2006 e 2009. Os resultados foram publicados no documento “Mídia e políticas públicas de comunicação”.

  1. Projeto Direitos Humanos – 2004 e 2005

Em 2004 e 2005 a ANDI realizou duas ações na área de Mídia e Direitos Humanos para mobilizar e qualificar profissionais de comunicação em relação à temática. Com a publicação do livro “Mídia e Direitos Humanos” a organização traz um panorama sobre a atuação dos diferentes atores sociais e instituições na efetivação da complexa agenda dos Direitos Humanos, detalha o funcionamento do Sistema Internacional de Garantia de Direitos Humanos e analisa a cobertura de Direitos Humanos realizada por jornais brasileiros no ano de 2003.

  1. Projeto Tecnologias Sociais – 2004 e 2005

Entre 2004 e 2005, a ANDI realizou ações voltadas para o tema das Tecnologias Sociais. Promoveu oficinas de interação entre jornalistas e fontes de informação, alcançando todas as regiões do país e tendo como resultado a construção conjunta de recomendações para o aprimoramento da cobertura nesta área. Em 2006, lançou o livro “Desafios da Sustentabilidade – Tecnologia social no foco dos jornais brasileiros”.

  1. Programa InFormação – 2006

Em 2006 foi criado o InFormação – Programa de Cooperação para a Qualificação de Estudantes de Jornalismo, que em parceria com as instituições de ensino superior, visa gerar oportunidades de qualificação atentas para a interface entre a comunicação e questões sociais no Brasil. Dentre as ações do programa estão a realização de disciplinas especiais em cursos de jornalismo, concursos, seminários, colóquios, a manutenção de um banco de trabalhos acadêmicos, a publicação de obras de referência e um programa de bolsas para Trabalhos de Conclusão de Curso.

  1. Projeto Classificação Indicativa – 2006

Além de editar publicações referenciais, como o livro “Remoto Controle” (Série Mídia e Mobilização Social) utilizado no início da construção da política de Classificação Indicativa, a ANDI participou ativamente do debate sobre o modelo de Classificação Indicativa adotado no Brasil. Como consequência dessas discussões, e a partir de demanda direta do Ministério da Justiça, foi lançada, em dezembro de 2006, a publicação “Classificação indicativa: construindo a cidadania na tela da tevê” (Ministério da Justiça, ANDI, Save the Children Suécia e Fundação Avina). A obra analisa os aspectos centrais relacionados ao processo de implementação de políticas públicas de classificação dos conteúdos audiovisuais.

  1. Projeto Ciência e Tecnologia – 2007 e 2008

Para contribuir com o aprimoramento dos profissionais da imprensa sobre a temática da Ciência e Tecnologia, a ANDI realizou entre 2007 e 2008 algumas ações. Entre elas, a publicação do paper “Ciência, Tecnologia & Inovação na Mídia Brasileira” (2009), que apresenta resultados da análise do tratamento editorial oferecido ao tema por 62 veículos impressos brasileiros entre 2007 e 2008 (ao todo, foi pesquisada uma amostra de 2.599 reportagens, colunas, artigos, editoriais e entrevistas).

Também em 2009, promoveu um evento com jornalistas e fontes de informação, em Belo Horizonte, em uma parceria com a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), vinculada à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O evento reuniu 60 jornalistas e gestores da área de ciência, tecnologia e inovação e organizações como MCT, SBPC, Fapemig, Fiocruz e Labjor/Unicamp.

  1. Projeto Mudanças Climáticas e Mídia – 2008, 2009, 2010, 2011, 2017

A partir dos resultados registrados no “Relatório de Desenvolvimento Humano 2007/2008”, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a ANDI passa a se debruçar também sobre a agenda socioambiental, iniciando o projeto “Mudanças Climáticas e Mídia”.

Em 2010, lança o documento “Mudanças climáticas na imprensa brasileira” que traz uma série de reflexões e apontamentos levantados a partir do monitoramento sistemático de 50 diários ao longo de 42 meses, permitindo uma avaliação detalhada dos méritos e dos limites dessa produção editorial. Também sob as perspectivas do projeto “Mudanças Climáticas e Mídia” foram lançados: “A Reforma do Código Florestal na Imprensa Brasileira” (2011) e “Cobertura midiática sobre energia e mudanças climáticas” (2017).

  1. Projeto Infância e Comunicação – 2008 a 2013

Os meios de comunicação se apresentam como uma das mais importantes instâncias de socialização de crianças e adolescentes. Os debates em torno da consolidação de uma mídia de qualidade envolvem, simultaneamente, aspectos de promoção e de proteção. Foi nesta linha de reflexão que a ANDI lançou, em parceria com a Rede ANDI América Latina, a pesquisa “Regulação e Direitos das Crianças e Adolescentes” (2008), trazendo um mapeamento inédito de como 14 países latino-americanos regulam os meios de comunicação de massa com a finalidade de proteger e promover os direitos de crianças e adolescentes.

Outras pesquisas e publicações foram lançadas em anos posteriores: “Infância e Comunicação – Uma agenda para o Brasil” (2009); “Infância e Comunicação – Referências para o Marco Legal e as Políticas Públicas Brasileiras” (2011); “Direitos da Infância e Direito à Comunicação” (2012), traduzida para o inglês e o espanhol; e uma edição atualizada do documento “Regulação de Mídia e Direitos das Crianças e Adolescentes” também em 2012.

  1. Projeto Direito de Acesso à Informação – 2009

O direito de acesso a informações públicas integra o conjunto de direitos fundantes das sociedades modernas relacionados à disseminação do conhecimento e da informação. A mobilização e debate em torno do tema foi impulsionado em 2009. No mesmo ano a ANDI lança a publicação “Acesso à informação e controle social das políticas públicas”.

O material apresenta os principais elementos para esse debate e foi organizado a partir de conteúdos resultantes do seminário “Controle Social das Políticas Públicas e Acesso à Informação: Elementos Inseparáveis” (2007). O encontro reuniu jornalistas, atores da sociedade civil e representantes governamentais para um rico diálogo a respeito dos desafios que se colocam para nosso país no sentido de garantir, de forma ampla, essa importante ferramenta de consolidação do Estado Democrático de Direito.

  1. Projeto Regulação da Publicidade Infantil – 2009 e 2010

Diante da ascensão da influência da mídia sobre crianças e adolescentes e da constituição da infância como um mercado mundialmente rentável, a preocupação com o tema da publicidade infantil rendeu duas publicações pela ANDI. Nos anos de 2009 e 2010, lançou dois estudos intitulados “Infância & Consumo: estudos no campo da comunicação”.

O primeiro reúne 11 artigos redigidos por especialistas e por alunos de graduação que perpassam três grandes temas: Marketing, Publicidade e a Construção do Público Consumidor Infantil; Programação Infantil de TV e seu Impacto sobre as Crianças; e A Mídia no Contexto Educacional. O segundo volume apresenta sete artigos desenvolvidos a partir de temáticas que mobilizam tanto a academia quanto os formuladores de políticas públicas: Criança, Consumo e Mídia; Representações da Infância na Mídia; e Educomunicação e Consumo.

  1. ANDI Comunicação e Direitos – 2011

Em 2011, depois de avaliadas as crescentes contribuições em outras áreas temáticas, a ANDI ressignifica sua existência. Agora como ANDI – Comunicação e Direitos, a missão se amplia, manifestando-se segundo três vetores: Infância e Juventude, Inclusão e Sustentabilidade e Políticas de Comunicação.

Um destaque desse período foi o papel ativo na elaboração, no debate e na consolidação das normas da Classificação Indicativa. Dessa forma, a ANDI passa a atuar mais fortemente no campo das políticas públicas de comunicação, na perspectiva de oferecer insumos para a construção de mecanismos democráticos que promovam a harmonização de direitos na extensa e complexa arena da comunicação de massa.

  1. Projeto Mídia e Amazônia – 2011, 2014

Atuante na construção de insumos sobre a agenda socioambiental, a ANDI, em parceria com a Climate and Land Use Alliance (CLUA), desenvolveu, no âmbito do projeto Mídia e Desmatamento na Amazônia, um site referencial, com informações consistentes e atualizadas, documentos e sugestões de fontes de informações e de pautas.

Em 2013, após um período de análise (2007-2012), quantitativa e qualitativa da cobertura dos aspectos que envolvem essa agenda, foi lançado o resultado do trabalho: “Imprensa e Desmatamento na Amazônia”. No ano seguinte, sai o estudo de caso “O Desmatamento na Amazônia no foco do Telejornalismo”, com o objetivo de identificar como as políticas de uso do solo e o desmatamento nessa região são tratados na imprensa brasileira.

  1. Projetos Gênero, Raça e Mídia – 2011 a 2013

Atenta aos recortes de gênero e raça, a ANDI – Comunicação e Direitos apresenta três publicações sobre as pautas. A primeira, de 2011, “Imprensa e agenda de direitos das mulheres: uma análise das tendências da cobertura jornalística”, estimula o debate acerca do papel da imprensa na construção de uma nova ordem social, pautada pela equidade de gênero. A segunda, “Imprensa e Racismo”, lançada em 2012, mostra que embora os jornais pautem o debate sobre o racismo ainda há negligência ao não estabelecer a relação entre esta violência e o quadro de homicídios que recai sobretudo sobre a população negra. Já a terceira produção, “Parlamento e Racismo na Mídia” (2013), traz uma radiografia sobre a mínima representativa dos negros entre os parlamentares brasileiros e como esse segmento participa do noticiário sobre racismo e igualdade racial publicado pela imprensa no Brasil.

  1. Adolescentes em Conflito com a Lei – 2012: : Guia de referência para a cobertura jornalística

Os guias de referência para a cobertura jornalística são uma série de publicações editadas pela ANDI – Comunicação e Direitos com o objetivo de contribuir para o aprimoramento da cobertura jornalística sobre assuntos relacionados ao universo das crianças e dos adolescentes brasileiros. A publicação sobre adolescentes em conflito com a lei é um verdadeiro “guia” no combate às produções noticiosas que favorecem estereótipos e creditam aos adolescentes o aumento da violência física no país, levando a população a absorver a falsa ideia da impunidade daqueles que infringem a lei; e a crer que a redução da idade penal seria uma solução.

  1. Exploração Sexual Infantil – 2013: Guia de referência para a cobertura jornalística

O primeiro guia “Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes: Guia de Referência para a Cobertura Jornalística” foi originalmente lançado em 2007, dentro de uma série de estratégias desenvolvidas pela ANDI como parte do Projeto Jornalista Amigo da Criança.

Em 2008, foi lançado o “Guia de Referência para o Diálogo com a Mídia: Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes” – a obra focaliza também um outro agente fundamental para o processo de aprimoramento do trabalho da impressa: as fontes de informação. Em 2013, a ANDI traz uma reedição da publicação de 2007 com dados atualizados e complementados, de modo a enriquecer o conjunto de orientações e diretrizes estruturado com vistas ao aprimoramento da cobertura jornalística sobre essa relevante temática.

  1. Projeto Imprensa e Organizações da Sociedade Civil – 2014

Entre as iniciativas desse projeto, está o seminário “Imprensa e organizações da sociedade civil”, realizado em março de 2014, em Brasília, reunindo entes governamentais, jornalistas e lideranças da sociedade civil, de organismos internacionais, da academia e do setor empresarial. Na ocasião foi lançada a pesquisa “Análise de Cobertura – A Imprensa Brasileira e as Organizações da Sociedade Civil“, que radiografa a maneira como 40 diários das diversas regiões do País e quatro revistas semanais trataram das temáticas relativas às OSC no período 2007-2012. A publicação apresenta um conjunto de referências sobre as relações entre imprensa e Organizações da Sociedade Civil, e conta com uma ampla análise de mídia sobre o tema. Ela faz parte de uma série de ações articuladas para contribuir com a qualificação do debate público sobre as OSC.

  1. Programas Policialescos – 2015, 2016 e 2019

Em 2015, diante da proliferação de narrativas midiáticas que violavam direitos elementares, previstos em lei, a ANDI – Comunicação e Direitos lançou os dois primeiros volumes do “Guia de Monitoramento: Violações de direitos na mídia brasileira”.

O volume I é um guia prático para identificar violações de direitos no campo da comunicação de massa. Já o volume II reúne artigos que refletem o teor dos debates travados pela sociedade civil em relação a esse tipo de produção. No ano seguinte, é lançado o volume III no qual são apresentados os dados de pesquisa realizada em programas de rádio e TV das cinco regiões brasileiras, acusando níveis preocupantes de violações de direitos e de infrações a leis e a normas autorregulatórias do campo midiático.

Em 2019, aprofundado a reflexão fruto dos debates em torno das práticas antidemocráticas e anti-humanistas dos programas ditos “policialescos”, a ANDI lança um novo estudo: “A publicidade como estratégia de financiamento dos programas policialescos”. A publicação trata da perspectiva econômico-financeira e estratégias que garantem a sustentabilidade desses programas.

  1. Projeto Primeira Infância em Pauta – 1ª Edição em 2019, 2ª Edição em 2022

Com o objetivo de fornecer a jornalistas uma visão abrangente e articulada dos aspectos mais relevantes do paradigma dos direitos que norteiam as percepções de crianças e adolescentes em todo o mundo, a ANDI desenvolveu para o Instituto Arcor o conteúdo do curso “A Infância no Centro da Pauta”.

Em 2019, no marco do 30º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança, o curso virtual foi disponibilizado gratuitamente para jornalistas, comunicadores e estudantes de carreiras afins, interessados em temáticas relacionadas à defesa e promoção da população infanto-juvenil. Em 2022, aconteceu uma segunda edição do curso junto ao portal educacional da Fundação Arcor.

  1. Secretaria Executiva da Rede Nacional Primeira Infância – 2018 a 2021

No quadriênio de 2018 a 2021, a ANDI – Comunicação e Direitos assumiu a Secretaria Executiva da Rede Nacional Primeira Infância (RNPI), sendo a organização responsável pela coordenação das ações da Rede. Ao longo desse período, a ANDI concretizou dezenas de atividades nas mais diversas esferas, como: fortalecimento institucional, incidência política, suporte à formulação e ao desenvolvimento de políticas públicas, qualificação de atores e gestores estratégicos ao universo da primeira infância e representação da RNPI em relevantes espaços de debate e articulação.

Foi responsável pelos lançamentos do “Plano Nacional pela Primeira Infância” (PNPI), do “Guia para Elaboração dos Planos Municipais pela Primeira Infância” e da “Plataforma Observa – Observatório do Marco Legal da Primeira Infância“.

  1. Lançamento do OBSERVA – outubro de 2020

O Observa – Observatório do Marco Legal da Primeira Infância é uma iniciativa da Rede Nacional Primeira Infância – RNPI e da ANDI – Comunicação e Direitos. O portal monitora políticas públicas para a primeira infância, apresentando indicadores, análises e referências para a garantia dos direitos das crianças de 0 a 6 anos, nas esferas municipal, estadual e nacional. Foi lançado em 2020 quando a ANDI – Comunicação e Direitos estava à frente da Secretaria Executiva da RNPI.

  1. Trabalho Infantil – 2021: Guia de referência para a cobertura jornalística

Para contribuir com o trabalho dos(as) profissionais de imprensa, em 2007 a ANDI (então Agência de Notícias dos Direitos da Infância) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançaram a primeira versão deste guia para jornalistas. A iniciativa foi desenvolvida no âmbito do Programa de Duração Determinada para a Erradicação das Piores Formas de Trabalho Infantil, como reconhecimento do crescente papel da imprensa brasileira na qualificação do debate público.

Em 2021, lançaram uma versão atualizada e inspirada no Ano Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil. Além das recomendações construídas por jornalistas de diversos veículos para a primeira edição, somam-se neste trabalho novos e atualizados olhares; apresentação de fontes qualificadas de informação e as principais legislações sobre trabalho infantil, incluindo tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário.

  1. Movimento AGENDA 227 – 2022

Colocar crianças e adolescentes no foco das ações públicas e do debate eleitoral de 2022 foi o que motivou o surgimento do movimento Agenda 227. Integrando a equipe executiva, a ANDI – Comunicação e Direitos e outras organizações da sociedade civil atuaram na elaboração do Plano País para a Infância e Adolescência – documento com 137 propostas de políticas públicas voltadas para a população de 0 a 18 anos. Após as eleições, representantes da Agenda 227 contribuíram para alguns dos trabalhos das equipes de transição do novo governo, e em 2023 o movimento, com cerca de 400 organizações signatárias, segue atuando pela efetiva implementação de políticas públicas voltadas para as múltiplas infâncias e adolescências brasileiras.